Lembro que desde a minha infância,
quando viajava para algum lugar diferente, ou eu queria morar lá (quando eu gostava) ou então voltar rapidamente para casa com saudades da mãe (quando eu não gostava).
Preciso confessar que vivo nesse dilema até hoje. Cheguei na Alemanha há menos de um ano e já vivi muitos extremos e situações difíceis mas ao mesmo tempo, me descobri muito mais do que em toda a minha vida.
Morar fora é, muitas vezes, sinônimo de jogar-se contra a parede e testar seus próprios limites. Às vezes sinto que estou participando de algum programa de "sobrevivência" e alguém observa meus passos e o que faço. Esse "alguém" é a minha consciência que desenvolve-se cada dia mais com cada experiência adquirida nessa jornada ao "universo desconhecido" que é o mundo.
E como nem tudo são flores, frustrações e decepções muitas vezes fazem parte do pacote. E tudo começa com o idioma local: ele é uma ferramenta importante para sua sobrevivência, porém muitas vezes, não é fácil aprender esse bendito complicado. Ele nos limita, nos torna bebês dependentes de gestos para expressarem o que querem. E isso é difícil.
Meus primeiros contatos com o alemão no Gymnasium não foram nada agradáveis: comecei o ano com notas ruins e trabalhos bem complicados. Até recebi reclamações da direção de que não estava aprendendo alemão rápido o suficiente para acompanhar as aulas.
Análise de poema: um dos meus primeiros testes de alemão. Criei trauma disso. |
Eu fiquei desesperado. Nunca havia imaginado, até então, que aprender um idioma seria uma das coisas mais difíceis que alguém poderia fazer. Certa vez li a frase: "Se uma pessoa está mergulhada em uma piscina, não quer dizer que ela aprenderá automaticamente a nadar." (algo assim)
O que quero dizer é que...
Subestimei o alemão. Achei que em três meses estaria fluente, pois eu moraria aqui. Ok, foi muito ingênuo da minha parte. Muito.
Pode rir da minha cara, gente. Hoje até eu rio. |
Mas acredito que depois de tanto apanhar do idioma e tirar nota ruim, consegui salvar minhas notas e não corro risco mais de repetir de ano.
Segui o conselho da escola e fui procurar uma Volkshochschule (VHS, para os íntimos) de alemão para estrangeiros e tive aula toda segunda-feira durante duas horas à noite.
Preciso admitir que me ajudou bastante a melhorar meu alemão, mas eu ainda precisava de mais aulas. Passei a procurar vídeos, apps e qualquer coisa para aprender alemão.
Ainda tenho muito que aprender, mas já dá para o gasto.
Então galera, não sei como terminar esse post. Vou mandar um abraço para todo mundo e um "muito obrigado!" por terem lido mais um relato meu aqui nas "Alemania".
Inté :)
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